5- Entre Amigos
No grande aposento, estava Brian o meu velho amigo de Boston.
- Meu amigo que surpresa, como você está? - o abraço foi superficial, percebi que algo poderia estar errado.
- Estou péssimo meu amigo, venho para trazer notícias ruins.
- Mas o que aconteceu? - fitava seu rosto assustado.
- Em quantas pessoas estamos aqui te visitando hoje?
- Que pergunta mais sem sentido Brian!
- Por favor Jeremy conte eu te peço. - olhei curioso e comecei a contar, estava faltando três pessoas.
- Onde estão Julieta, Leonard e Janet?
- Eles estão mortos. - respondeu ele sem emoção alguma na voz.
O silêncio na sala perdurava, todos estavam imóveis assimilando cada palavra de Brian.
- Mais o que houve? como aconteceu? Isso não pode ser verdade!
- Jeremy isso é uma longa história.
- Mais eu tenho tempo Brian fale logo! - meus olhos negros ardiam nos dele.
- Jeremy acalme-se! - Seiky falava com tanta calma que isso me perturbava.
- Conte a eles Brian, teremos tempo antes de partir.
- Sente-se irmão. - Melissa me pegava pelo braço e me levava até o sofá.
Todos ficaram imóveis, meu pai chegou pela sala lentamente e ficou em silêncio ao lado de minha mãe. Provavelmente minha mãe já teria passado tudo para ele por telefone.
Então Brian que estava com os olhos fechados, pensando abriu os olhos e começou sua história:
- Começou há duas semanas atrás quando partimos, ficamos ausentes da cidade por exatamente uma semana inteira e quando voltamos, descobrimos por meio de jornais, alguns assassinatos estranhamente familiares aos do passado.
Tentamos localizá-los armando uma isca mais, não sabemos ao certo se algo deu errado no plano, ou se eles são muito mais inteligêntes. Mais Seiky e Adam, acreditam que um deles poder ter algum dom, que sobrepuja aos nossos.
Então nós nos dividimos em dois grupos, e ao que parece eles já esperavam isso e então eles resolveram fazer um ataque surpresa. Atacaram o grupo de Julieta e o resultado vocês estão vendo aqui.
Os corpos foram realmente destroçados.-
Ele não conseguiu continuar, eu podia sentir a dor profunda em seu olhar, minhas palavras saíram num jorro:
- Eu realmente sinto muito meu amigo, estou do seu lado para sempre meu amigo.-
Ele apenas pode assentir, e Adam pela primeira vez se mecheu, abriu seus grandes olhos azuis e então disse num tom calmo e sereno:
- Essas pessoas sabem de nós e de nossa espécie, portanto acho que estamos em perigo, e certamente seremos mortos desse jeito. - o único som que e escutava era o arfar do vento nas folhas das árvores, Mícara começou a falar pausadamente:
- Estamos aqui para pedir a ajuda de vocês, para tentarmos descobrir o que eles são e por que fizeram isso com nosso irmãos, e pedirmos para poder ficarmos aqui na casa de vocês, apenas por proteção, um protege o outro e claro juntos somos bem mais fortes. Por isso viemos pedir a ajuda de vocês.
- Posso falar? - Melissa dizia com um certo sarcasmo.
- Sim filha pode falar o que pensa.
- Vamos todos sermos realistas aqui. - ela sorria. - precisamos deles e eles de nós, todos nos somos amigos e nos gostamos muito, então o certo é ficarmos unidos até descobrirmos o problema.
- Concordo com você maninha. - suspirei rindo. - acho que sempre fomos uma família e adoraria ter vocês aqui em casa conosco, sejam muito bem vindos!
- E nossa opinião não conta filho? - meu pai me olhava com amargura.
- Sim papai, claro que conta! - olhei em seus olhos e estavam mais serenos depois de minhas palavras.
- Por mim também são bem vindos! Brian você será o novo líder agora correto?
- Sim eu serei Jonatan a partir de hoje!
- Muito bem então estamos acertamos vocês ficam conosco. - ele riu e abraçou minha mãe apertado.
- Maravilhoso! - minha mãe estava radiante com as visitas.
- Acho melhor arrumar os quarto para cada um ter sua privacidade, nossa nova família também precisa disso.
Ela disparou junto com Mícara como duas fantasmas escada acima.
- Então Jeremy ainda me deve aquela conversa sobre uma certa garota, tá lembrado? - trinquei meus dentes, não queria lembrar sobre a grande e falta e desespero, que sua ausência me causava.
- Ah é a namoradinha do Jeremy. - Melissa ria do sofá.
- Melissa fique quieta, por favor! - rosnei irritado. - ela não é minha namorada, e Brian temos tempo para falar disso depois. - sorri completamente sem vontade.
Adam e Seiky pareciam uma única pessoa, seus gestos eram simplesmente perfeitos e iguais, era como sol e a lua, trevas e luz, nunca se separavam. Algo no misterioso passado dos dois homens loiros, altos e musculosos, parecia os prender desse modo tão unidos e inseparáveis.
Andavam com uma leveza completamente fora do normal para o próprio tamanho, era encantador para qualquer humano que os visse.
Andavam com uma leveza completamente fora do normal para o próprio tamanho, era encantador para qualquer humano que os visse.
A noite se estendeu a dentro, Mícara, Seiky e Adam estavam na pequena floresta, admirando o lugar em sua beleza espectral.
Brian, Melissa e eu ficamos na sala sentados vendo a teve, sem notar a própria presença da apresentadora que nos passava a notícia de mais um dia de chuva em Olympia, bom na realidade os pensamentos de Melissa eram um show a parte.
- Será que o Brian liga para minha idade? Ele seria um marido perfeito, ai que homem lindo...-
Comecei a rir baixinho sobre seus pensamentos, Melissa percebeu o por que de eu estar rindo.
- Jeh , isso não tem graça por favor né! - ela me pedia com um sorriso entrecortado.
- Me desculpe Mell, eu não tive a intenção acontece quando não me foco você sabe disso, me perdoe maninha!
- Sobre o que vocês estão falando? - ele me olhava irritado por sempre ficar no vácuo, desde a época de Boston.
- Ah relaxa Brian! - Melissa dizia com uma doçura excessiva que causaria diabete em alguém.
- Não é nada, Jeremy ri a toa você sabe disso. - ela sorria.
- Eu finjo que acredito! - ele riu como um doido.
Passamos o resto da noite relembrando de todas as aventuras com nossos irmãos assassinados, e de tudo que passamos juntos.
O que nos unia neste momento, era uma causa triste e fúnebre e isso me deixava com uma grande nostálgia, mais ao mesmo tempo ficava grato por eu ter mais um pedaço da minha semi vida em Boston, mesmo isso parecendo ser egoísmo de minha parte.
Eu entei manter meu pensamento nisso, mais o meu amor e a saudade de minha Ana, começou a corroer meu coração.
Eu não queria deixar os outros desconfortáveis com meu estado de espírito depressivo, tentava sorrir com as palavras de Melissa em relação a professora que a tratava como uma bebê.
- Melissa meu amorzinho, vamos tentar fazer essa lição? - ela imitava a voz da professora.
As horas se passaram e a manhã veio pela primeira vez, desde que vim para cá, completamente ensolarada.
Eu não fui à escola, resolvi correr pela floresta com Brian. Conseguia ser mais rápido que Brian, mais as ilusões dele me deixam meio enraivecido quando ele os usava contra mim para levar vantagem sobre a corrida.
Apostamos pela centésima vez eu acho, quem conseguia dar o maior salto para o outro lado do rio, Brian levou vantagem e seu salto chegou lá nos seus setenta e cinco metros de comprimento.
Do outro lado do rio, vi na mente de meu amigo que ele iria perguntar sobre o pequeno ponto de interrogação chamado Ana.
Sua voz áspera ecoou baixo em meus ouvidos:
- O que esta acontecendo entre você e aquela humana? - ele me fixou o olhar.
- É uma coisa complicada de se falar Brian. - Eu não gostava de falar de sentimentos com os outros quando se tratava dos meus.
- Você a ama não é mesmo Jeremy? - sua voz gélida fez minha espinha congelar.
- Não Brian, eu não a amo. - respondi com a mais pura mentira.
- Você a ama meu amigo, não se sinta infeliz desse jeito, me fale dela.
Jamais esperara essa reação surpresa de Brian, li rapidamente sua mente mais era a verdade que ele falava , e isso me confortou muito para poder prosseguir a falar:
- Sim eu a amo! Como todo o meu coração e com todas as minha forças eu a amo Brian!
- Isso é bom, mais está disposto a trazer ela para o nosso mundo ou prentende esconder dela? - ele fez uma pergunta da qual eu tentei fugir desde que conheci o amor da minha vida.
- Não! ela não será do nosso mundo Brian, eu quero ver seu rosto corar, quero ouvir seu pequeno coração pulsar mais rápido quando ela me ver, ela será minha mais se for e continuar a ser humana.
- Sabe que isso é impossível Jeremy, ela poderá morrer se continuar humana, ao seu lado será um perigo constante.
- Eu sei Brian e se o melhor para ela foi viver longe de mim, eu ficarei afastado mais não exitarei se ela chamar por mim, eu só quero a felicidade dela.
- É eu entendo seu ponto de vista, mais ela será bem vinda na nossa pequena família.
- Não quero mais sobre isso por favor amigo. - pedi suplicante.
Depois dessa conversa o assunto não foi mais falado, e minha dor dormiu como leão enfurecido sendo domado.
A noite eu, Mícara e Brian partimos para o lugar onde ocorreram os assassinatos, em quanto meu pai, Adam e Seiky foram para Boston tentar descobrir mais alguma coisa sobre as mortes; No porto nós três nos separamos, Mícara ficou com a praia, Brian com as avenidas próximas e a mim coube vasculhar o cais e seus grandes galpões. Comecei pelo esquerdo do cais e checava cada galpão, e me impressionava por tudo estar meticulosamente normal, quem causou a morte daquelas pessoas fora muito frio, e conseguiu encobrir muito bem até o penúltimo cais, onde deixou passar pequenas marcas de sangue que faziam um rastro até o fundo do galpão.
Minha mente vasculhou os pensamentos de Mícara e de Brian, mais não haviam encontrado nada. Chamei-os em um tom de voz leve e segundos depois eles estavam na porta do galpão.
- Mícara? Brian? acharam algo?
- Não Jeremy estava tudo limpo pela praia e pedras.
- Bom a minha parte tinha algo mais foi limpo. - disse Brian lívido.
- Eu consegui achar alguma coisa, olhem para o chão.
Eles se aproximaram de mim, e seus olhos ficaram injetados e fora de foco.
- Já sabe onde isso vai dar Jeremy? - perguntou Brian assustado.
- Bom isso vai em direção para o fim do galpão e claro que depois para a floresta que é o local mais próximo.
- Vamos ver onde isso vai levar! - falou Mícara sugestivamente.
Saimos os três em direção a parte do fundo do galpão, e na parte dos fundos haviam apenas gotas de sangue, que manchavam a pequena passagem de terra que dava acesso a floresta. Corremos seguindo os vestígios, as manchas de sanguem adentravam ainda mais na mata, e o mais estranho era que se aproximava muito da grande árvore que eu havia derrubado no meu momento de estresse dias atrás.
O rastro de sangue parou exatamente no centro da floresta, minha percepção para fuga não se alterou e minha leitura de mente só captava Mícara e Brian ao meu lado, o inimigo não estava aqui.
Mícara soltou um grito de dor, e na árvore a frente havia manchas de sangue e sinais de queimada logo abaixo da árvore, nada fazia mais sentido.
- Mais o que é que esta acontecendo aqui? - Brian estava aterrorizado.
- Alguma pessoa ou qualquer outras coisa esta matando a nossa espécie. - Mícara parecia enjoada a ponto de vomitar se pudesse.
- Mais como alguém saberia de nossa existência? isso é absurdo.
- Vamos voltar a minha casa e nos comunicar com os outros.
- É você tem razão Jeremy! Vamos. - Mícara se moveu junto comigo
- Brian anda logo! - eu berrei
- Sim vamos logo então!
Partimos o mais rápido possível para minha casa, minha mãe e Melissa nos esperavam na sala de visitas.
- Filho o que aconteceu? - disse minha mãe exasperada
- Espere um minuto mãe, Mícara e Brian vão explicar a vocês duas, eu vou flaar com o papai.
Numa subida rápida ao meu quarto girei meu celular em minha mãe, e no primeiro toque meu pai atendeu.
- Jeremy o que houve? - sua voz era angustiada.
- Pai fique calmo estamos bem, alguém está aniquilando nossa espécie, as pessoas que morreram aqui também era irmãos de condição papai.
Meu pai perdeu a voz no telefone e eu prossegui com o assunto:
- E aí em Boston conseguiram encontrar alguma coisa?
- Nada Jeremy, sabemos o que houve as mortes, mais é como se fosse sugados, não há pista alguma, quem faz isso sabia o que estava fazendo é um profissional.
Não se preocupe Jeremy, isso não tem ligação e além do mais estamos pegando o primeiro avião para Seattle e logo estaremos aí.
- Se cuida pai! - e o telefone ficou mudo.
Desci as escadas e fui para a sala me juntar aos outros. Havia um profundo silêncio, enquanto minha mãe e minha pequena irmã mostravam em seus rostos um terror que eu jamais vira em toda a minha existência. Tentei usar a voz mais calma e controlada que eu pude juntar:
- Elizabeth, Mellisa não fiquem assim não sabemos ao certo o por que disso, então nada de ficarmos assustados ou apavorados, é só termos precaução e tudo estará bem. - olhei-as e soltei um sorriso falso e elas acreditaram em mim.
- Agora só nos resta esperar os outros voltarem de Seattle. - disse Mícara com cautela.
- É isso que me dá nos nervos, ter que esperar. - Brian disse rindo.
As horas se passaram e uma grossa camada de nuvem havia acabado com as chances , do sol nascer neste dia.
- Mellisa e Jeremy já para a escola os dois. - Elizabeth nos avisava de cinco em cinco minutos.
Só aceitei ir a escola para poder ver Ana, minha boca já ficava seca só de saber que iria ve-lá.
Estacionei meu carro no mesmo lugar de costume, e como havia pensando ela já havia voltado de sua viagem, saí do carro e fui ao seu encontro.
- Bom dia Ana! Como você está? - eu me sentia radiante demais para pensar nos problemas em casa o que era imperdoável, mais eu a tinha perto e isso me bastava.
- Oi Jeremy! Que surpresa boa ver você, eu estou bem sim e você ?
- Estou bem também, mais e você achou sua mãe? falou com ela? - a olhava sem piscar.
- Sim eu a achei e ela disse a verdade, que nunca me quiz e que não sente nada por mim, pelo menos nem rancor. - ela tentava sorrir.
- Eu sinto muito Ana! - e por instinto eu a abracei e a tomei em meus braços, mais algo estava ficando diferente, eu sentia minha garganta secar, meus olhos ardiam uma fome incrível aparecia em minha garganta , cheguei a salivar na hora, queria ela para mim somente para mim.
Senti seu coração acelerar com meu toque, e um sorriso de vitória se esparramou pelo meu rosto translúcido.
- Na realidade depois das palavras dela, eu não fiquei mais triste é como se eu tivesse me desprendido dela sabe! - ela me dizia.
- Então isso a fez bem não é mesmo? - sorria gentilmente.
- Sim na realidade estou otimá e contente com isso! - ela corou com meu sorriso.
- Para comemorar quero te convidar para jantar o que acha?
- Seria perfeito para mim!
- Então as sete no mesmo restaurante? - sorrindo.
- Claro, sendo com você de compainha será ótimo! - ela estava muito feliz.
Se eu pudesse me afundaria em felicidade pela primeira vez na minha existência eu sentia a eletricidade percorrer minhas tensões, eu poderia estar corando.
- Que bom, então está combinado te vejo as sete no restaurante.
- Ok Jeremy! Te vejo lá, boa aula!
Sai para a aula bem mais feliz que o habitual, as aulas que para mim era a coisa mais tediosa do mundo me pareceu atraente demais.
Na hora do almoço me sentei com Ana na mesma mesa que me sentava todos os dias, e continuei com meu questionário sobre sua vida.
Acabei perguntando até o que ela ganhou em seus natais.
- Me diga o que você mais deseja agora? - a peguei desprevenida.
- O que eu mais desejo? - ela corou e baixou os olhos. - Eu desejo muito nosso jantar de hoje a noite!
- E você Jeremy o que mais deseja?
- Desejo que o tempo pare em nosso jantar e eu possa estar mais tempo com você. - senti meu rosto formigar e Ana corou ainda mais.
O sinal tocou rápido demais, senti vontade de matar minha aula para ficar ao lado dela, mais me esforcei e assisti o resto das aulas. No estacionamento parar ir embora eu a vi novamente, e ela simplesmente sorriu para mim.
Em minha casa passei o resto da tarde com Melissa e Brian, querendo me ensinar moda e cortejo, os quais sabia muito bem sobre os dois temas.
Melissa me atormentou tanto que deixei ela me vestir para a ocasião.
- Vista o que eu te deixei na cama. - gritou ela da porta do banheiro.
- Está bem Melissa eu vou vestir! - eu ria no banho.
- Escute aqui Jeremy Ion, eu gastei meu tempo nisso então vista o que está lá, e eu saberei se estiver faltando algo.
- Tudo bem maninha. - revirei os olhos. - você é irritante sabia?
- Sim eu sabia, isso é reflexo de ter um irmão teimoso. - ela riu
Escutei seus passos de bailarina pelas escadas, e desliguei meu chuveiro.
Chegando ao meu quarto vi o meu vestuário da noite que incluía, uma camisa azul, um jeans preto e tênis escuro. Comecei a me arrumar lentamente para não ter erro, voltei meu relógio em meu braço e arrumei meu cabelo, o qual não parava quieto.
- Jeremy Ion! - minha irmã falava do pé da escada. - Não coloque a camisa por dentro da calça, vai ficar parecendo um retardado.
- Eu não coloquei Melissa, você sabe disso! - eu acabei rindo.
- É bom que não tenha colocado, deixe-me eu ver como você ficou irmão.
Saí de meu quarto e parei ao pé da escada com o susto de ver todos parados feito pedras, esperando para me ver.
- Maninho você está lindo e perfeito! - ela sorria do seu grande feito com as roupas.
- Boa sorte Jeremy! - meu pai sorria
- Obrigado pai!
- E a mim seu ingrato? nada de obrigado?
- Mais que menina ciumenta! - desci as escadas e a beijei. - Obrigado maninha.
Ela só conseguiu sorrir, enquanto ia para a porta Brian esperava por mim e abriu a porta para eu poder passar.
- Meu amigo dessa vez não exite em falar a ela que você a ama, seja sincero e ela será sua como você já pertence a ela.
Acenei a cabeça nervoso e disse:
- Sim não pode mais passar de hoje, Brian eu preciso mostrar a ela o quanto eu me importo e o quanto a amo.
- Isso amigo diga tudo a ela e seja feliz!
- Obrigado Brian, e até mais tarde família.
- Estarei acordada e você vai me contar sobre o primeiro beijo e tudo o que rolar.
Caminhei até a garagem gargalhando, quando entrei na garagem para pegar meu carro Adam me esperava encostado nele.
- Sabe que isso é perigoso não Jeremy? - ele me fitava com tristeza.
- Eu sei, mais eu tenho poder e força para protegê-la, eu a amo e é isso que importa Adam.
- Se está certo sobre seus sentimentos não exite, mais isso implicará em algo perigoso e você sabe disso! - seu tom era acusativo.
- Cuidarei disso quando for a hora, se me der licença! - rosnei as palavras.
- Claro e tenha uma boa noite Jeremy.
Ele se afastou tão rápido que não vi seu corpo ser engolido pela sombra, consegui vislumbrar Seiky se afastando logo atrás dele.
Falar de meus sentimentos para os outros me irritava profundamente, mais o que me irritava ainda mais era o pensamento pessimista de Adam e Seiky, pois eu sabia muito bem que os pensamentos de Adam eram os de Seiky.
Joguei esses pensamentos para o fundo de meu cérebro e sai com minha ferrari azul.
A floresta negra que me fazia ter um certo desespero por ser depressiva demais, hoje me parecia uma das coisas mais lindas do mundo, tudo em Olympia parecia perfeito. Até a chuva fina que caía sobre a cidade nesta noite importante.
Antes de ir para o restaurante passei em uma floricultura, e comprei o habitual buquê de flores. As flores escolhidas nesta noite foram tulipas, rosas deixam a coisa formal demais e era apenas um jantar, agora estava pronto para o jantar junto com Ana.
Meu carro andava lentamente para não chegar muito cedo, e mesmo assim não funcionou muito bem essa pequena estratégia.
No restaurante verifiquei a reserva que tinha feito, e claro com tudo o que havia pedido para a noite. A visão de nossa mesa particular era linda, velas foram espalhadas pela mesa toda, havia pétalas de flores na mesa toda e flores em um grande vaso de cristal em nossa mesa.
Pensei que seria a coisa mais perfeita do mundo, isso tudo era para ela a minha Ana, eu só a queria fazer feliz esta noite.
Era seis e quarenta quando eu me sentei na mesa para esperá-la, a hora estava me deixando nervoso para não dizer desesperado;
- E se ela não aparecer? - pensava comigo mesmo.
Meu estômago revirava por saber que ela estaria vindo para me ver, para estar perto de mim.
Era sete horas em ponto e reconheci o barulho do sentra parando lá fora, me ajeitei mais uma vez na cadeira eu queria estar na porta esperando por ela e abraçar assim que a porta abrisse.
Ela entrou e estava parada conversando com o garçon, ela estava realmente linda uma Deusa.
Usava um vestido de alcinha fina na cor azul, uma pequena sandália prata em seus pés de fada, seus cabelos tinham sido produzidos e pendiam em cachos até suas costas.
E para prender ainda mais minha atenção, seus lábios tinham uma cor rosa clara e suas lindas maçãs do rosto estavam em um rosa que a deixava perfeitamente linda. O centro de tudo, o que eu queria para mim.
Ela veio lentamente em minha direção, eu a esperei em pé e a fitei sorrindo.
- Boa noite Jeremy! - ela disse.
- Boa noite Ana! Você está linda. - sorria feliz.
- Muito obrigada, vocês está ótimo, quer dizer não há como falar de você, está sempre maravilhoso e perfeito. - me falava corada.
Puxei a cadeira para ela, e ela se sentou.
- Muito obrigada! - ela estava sem jeito.
- Que bom que você veio Ana.
- Ah Jeremy você sabia o tempo todo que eu iria ver você!
Eu me sentei e a fitei sem perder nada de seu rosto, nem se quer sua boca se mexer com as palavras.
Meu corpo começou a tremer levemente, minha boca salivou mais uma vez, meus pensamentos começaram a sair de órbita, tentei focar fixamente em seus olhos e o tremor passou.
- Realmente achei que não iria vir Ana. - fitei a janela e a chuva que escorria pelo vidro.
- É mesmo? e por que está dizendo isso?
- Pelo simples fato de ter tratado você tão mal várias vezes,por ter te deixado plantada sozinha outra vez...
- Por viver mentindo e escondendo coisas de mim! - ela completou.
- Aliás eu só vou ficar aqui se você me explicar como fez aquilo. - ela me fitou
- Mais aquilo o que? - eu tentei agir calmamente, mais sabia do que ela falava.
- O grande salvamento que você fez no dia do pequeno acidente!
- Hum, você é tão distraída que não viu o caminhão e eu vi, corri até você e pulei acho que sou bom nisso!
- Não vai me dizer nada não é? - ela se levantou e eu fiquei desesperado.
- Ana por favor, está sendo difícil demais ter essa conversa e esta noite com você, por favor fiquei aqui!
Ela baixou a guarda e se sentou, o garçon apareceu para os pedidos.
- O que vão querer senhor? - ele me olhava com um vivído interesse
- Duas cocas por favor! - eu sorri e olhei para Ana. - E o prato ela escolhe.
Ela pegou o cardápio e escolheu o prato que queria:
- Dois pratos de espagueti a bolonhesa.
O garçon ficou parado anotando o pedido e me olhando.
- Logo trarei o prato de vocês! - ele se afastou ainda me olhando.
- Você causa certo retardamento nas pessoas. - ela ria olhando o garçon.
- Do que está falando? - fitei seus olhos.
- Você não percebeu que deixa as pessoas meio tontas e envergonhadas? - ela sorria.
- Ah sim, já tive certas experiências com pessoas assim. - disfarcei um sorriso
Minutos depois o jantar estava em nossa mesa, eu estava completamente feliz e estranhamente me sentindo mais humano. Eu fixei em seus olhos parei um instante e minhas palavras saíram em um jorro sincero e completamente verdadeiro:
- Ana estou aqui por uma simples razão! - olhei preocupado.
- E qual seria? - ela demonstrou interesse.
- Agora estou pronto, falarei toda a verdade para você!
NOOOOOOOOOOOOOOOOOSSA, ELE VAI FALAR MESMO?! Kaio, eu já te disse... você tem futuro. eu quero o sexto capítulo!
ResponderExcluirkaio cade o resto? posta logo
ResponderExcluirto ficando muito curiosa
ele vai contar tudo para ela?