domingo, 2 de agosto de 2009

4- Uma Chance.


Eu já não podia mais aguentar ficar longe da garota de minha existência, cada hora , minutos e segundos sem ela era como se meu coração deixasse de bater, eu morria sem estar com ela.
Minha mente que lutava distintamente contra ela e o meu amor, já eprdia a lucidez e o bom senso. O amor que sentia por ela conseguia ultrapassar qualquer barreira.
Na manhã seguinte, percebi que estava completamente e desorientadamente apaixonado pela pequena garota dos olhos cor de mel, mais também era a garota de minhas alucinações e fonte de alimentação. Fiquei deitado em minha cama esperando os outros saírem, não queria ser pego para falar de Ana novamente, assim que o carro na garagem disparou para a pequena estrada que dava acesso a rodovia, eu me levantei e fui tomar café.
Entrei em minha grande cozinha de mármore branco, e que por irônia o piso era da minha cor, o riso foi inevitável.
Dessa vez em meu carro acabei cedento e ouvindo um pouco das músicas atuais, é claro que essas músicas eram sem nexo e sem sentimentos mais ouvir elas me distraía com suas palavras ocas, parado no estacionamento esperei pela primeira vez ela chegar. O carro sentra se aproximava e parou quatro carros longe do meu, disparei lentamente para lá, abri sua porta antes dela abrir.
- Oi , Ana! - ela me olhava incrédula.
- Você ainda vai me fazer ter um AVC Jeremy! - Eu ri so seu jeito, meus dentes bracos faiscaram para ela.
- Gostaria de falar com você um instante Ana, será que poderia me ceder um pouco de seu tempo?
- Você sabe que pode, o que queria me dizer Jeremy?
- Eu queria te convidar para almoçar comigo, você aceita? Ou irá recusar como fez com aquele nojento chamado Tristan? - ela arregalou os olhos assustada.
- Como você sabe? Tristan te contou?
- Não. Eu apenas ouvi por ai com outras pessoas!
- Está mentindo, ninguém sabe, ele e u não contamos a ninguém. - ela arfou com as palavras.
- Você anda me seguindo, e ouvindo o que eu converso?
Mudei o rumo do assunto , mais ela não se importou e apenas corou.
- Você aceita ou não Ana?
- Sim , eu irei com você Jeremy!
- Espero você aqui em meu carro na hora do almoço está bem ?
- Mais e meu carro?
- Eu já o terei deixado na sua casa antes de irmos. - ela deu um meio sorriso.
- E não se preocupe depois a levo para casa.
- É assim eu espero, não quero ter que andar cinco quilômetros sozinha até minha casa.
Eu soltei um grande sorriso e seu som parecia um trovão.
- Não , você não andará sozinha até sua casa eu prometo Ana, te vejo mais tarde!
Me virei e entrei para a primeira aula do dia.
As aulas dessa vez, ao invés de irem e passarem rápido, elas passavam tão lentamente que meus nervos estavam martelando meu crânio, comecei a ficar irritado. Faltavam apenas três minutos para o almoço e meu estômago andara juntando mais borboletas do que o costume, elas agora dançavam e me reviravam os sentidos.
O Sinal tocou e eu sai correndo dessa vez tão rápido que virei apenas um borrão, cheguei ao estacionamento e peguei o pequeno sentra de Ana. Revirei os olhos, quando vi que o carro de Ana não passava dos sessenta por hora, até Melissa corria mais rápido que este pequeno carro.
Deixei ele estacionado no lugar que o cira parado na noite em que a visitei, e corri com a velocidade mais rápida que meus pés alcançavam e ainda não a via na saída quando cheguei. Me encostei no carro a esperando, e ali estava ela vindo em minha direção.
- Desculpe pela demora, as meninas queriam saber para onde eu ia - ela revirou os olhos.
- E o que você disse? Eu a fitei alarmado.
- Disse que ia para casa, por que não estava me sentindo bem.
- Ana , Ana, Ana você é louca né? ela me olhava sem entender.
- Louca? por que diz isso Jeremy?
- Você não avisou a ninguém que vai sair comigo! Isso é a loucura que eu digo.
- Bom , acho que vou me arriscar. - eu bufei de ódio e descrença.
- Não quer que eu vá mais Jeremy?
- Claro que quero! Só preciso tomar mais com cuidado com minhas reações, vamos então?
Ela sorria docemente ao me dizer:
- Sim vamos!
Entramos os dois no carro, meu corpo novamente começava a estremecer, meus olhos perfuravam o volante com medo de olha-la nos olhos. Acelerei meu carro e partimos para um restaurante que fui uma vez com meus pais , na realidade deveria estar vazio este horário.
Era um dos restaurantes mais caro , e como queria privacidade com minha amada este era o melhor lugar para se estar com ela.
Seus olhos procuravam meu rosto , através de seus cabelos compridos que protegiam sua visão, ao notar que me olhava eu desviei meus olhos para os dela e ela me disse:
- Para onde estamos indo Jeremy?
- Ah para um restaurante que meus pais sempre vem almoçar!
- Você está me levando para conhecer eles? - ela estremeceu.
- Não, hoje eu quero conversar com você, apenas eu e você Ana!
- Mais sobre o que você quer falar comigo? - ela franziu o cenho.
- Sobre tudo ! Sua vida, amigos, pensamentos e tudo o que eu puder saber.
- Mais você nunca fala de você para mim! - ela me acusava.
- Eu sei e prometo um dia responder todas elas.
- Quando? amanhã? - ela sorria
- Bom hoje tenho praticamente umas cem perguntas para você e se eu me sentir satisfeito, deixo você fazer seu questionário.
- Está bem eu vou esperar por isso, você me deixou muito curiosa sobre você.
Eu apenas sorri e continuei dirigindo. Chegamos ao lindo restaurante e nos sentamos, pedimos nossos pratos e então eu disparei meu questionário.
Minhas perguntas era meio rídiculas para ela, mais para mim fazia toda a importância, quiz saber desde o que ela comia até o que gostava de vestir e o que gostava de chingar.
- Por que você não contou sobre o pequeno acidente nem para o seu pai? - isso era o que eu mais ficava intrigado
- Por que eu jamais faria algo para te prejudicar Jeremy, e eu estou bem não havia necessidade de alarmar meu pai.
- Fico realmente grato por não comentar nada sobre isso.
- Mais na realidade o que você realmente é? - eu a fitei com um sorriso nos lábios.
- Eu não terminei minhas perguntas Ana, e acho que tenho mais umas duas mil quinhentas e quareta e três, então não vou te responder nada ainda.
O Almoço foi agradável, apesar de eu apenas ter deixado a comida de lado, a comida humana era praticamente horrenda para se comer, conseguia cuspir toda a comida sem que Ana percebesse, mais tirando essa acaso foi praticamente um almoço perfeito.
Na volta para casa, a chuva foi nos pegando aos poucos, parando na porta da casa de Ana, eu me virei para ela e comecei a jorrar perguntas:
- Qual é o seu maior sonho?
- Ainda não tenho um maior sonho Jeremy! - ela disse enquanto olhava a chuva cair pelo carro.
- Mais qualquer pessoa tem um sonho não?
- Sim todos tem menos eu.
Me peguei perguntando até as cores de meia que ela gostava de usar, e de como penteava seu cabelo. Tudo para mim era importante saber.
Então toquei na pergunta que queria fazer fazia um bom tempo.
-Você gosta de morar aqui em Olympia? - eu a fitei despercebido.
- Não, eu odeio este lugar, mais fico aqui pelo meu pai , o qual eu o amo muito.
- Então você se sacrifica por ele, e quem se sacrifica por você Ana?
- Não quero ninguém fazendo isso por mim Jeremy....
O dia passou tão rápido ao lado dela que sentia uma verdadeira repulsa por isso ter acontecido, o cinza chumbo foi se transformando em um preto pálido, e ouvi de longe o carro do pai de Ana a caminho.
- Bom está ficando tarde, e seu pai daqui a cinco minutos vai estar aqui, e você não quer que ele me veja aqui não é mesmo?
- É, é verdade bom te vejo amanhã na escola ela pegou sua bolsa, e cambaleou para fora do carro, quase caindo no chão.
- Tome cuidado menina que coisa!
- Ta bom , ta bom !
- Que cara mandão! - ela sussurou consigo mesma e eu ouvi sem perder nada, acabei rindo e falei
- Não sou mandão menina, é que você é meio atrapalhada nada demais.
Sai com meu carro ao ver quando ela estava abrindo a porta de sua casa, disparei para minha casa encontrando todos na sala de visitas
- Está tudo bem por aqui? - eu os olhei preocupado.
- Sim filho tem um problema! - minha mãe dizia aflita.
- Houve um verdadeiro massacre no cais da cidade, 7 pessoas foram atacadas e perderam suas vidas. - dizia meu pai no seu tom sério que me deixava com medo.
- Vocês sabem o que aconteceu de verdade não é??
- Sim sabemos, os ataques foram feitos por nomâdes, e eles estão cercando a área de Washington achando que não há pessoas nesse território.
- Mais as pessoas estão em perigo papai? - o olhava nos olhos
- Não filho parece que eles são bem cautelosos e não querem fazer alarde.
- Entendo... Vou para meu quarto!
- Como foi seu dia com Ana irmão?? - Melissa ria do sofá
- Já disse para você não ficar bisbilhotando aonde não é chamada menina.
- Jeremy não fale assim com ela !
- Ah mãe todos vocês sabem que odeio que fiquem se intrometendo em minha vida.
- Melissa pare com isso também filha!
- Está bem mamãe eu parei já!
Ah conversa sobre os estranhos rondando nossa cidade foi realmente alarmante, mais não conseguia pensar em mais nada que não fosse Ana, e queria ver se ela estava ao menos bem.
Pulei de minha janela e parti em direção a casa dela, nas arvores da floresta ao lado da casa dela, pude ouvir sua conversa com seu pai e notei que ela estava bem e estava segura sem preocupação alguma. Ela parecia estar feliz esta noite, mais do que as anteriores as quais a escutei.
Acabei ficando pela floresta a noite toda, mais sem me importar com nada apenas com a segurança de minha amada, só queria poder ver o brilho dos seus olhos mais uma vez na manhã seguinte.
Na escola, passei a manhã ouvindo sobre protozoários, guerra fria,e cáculos matemáticos até a hora do almoço. Sai para o almoço e encontrei Ana pegando seu almoço, fui em sua direção.
- Olá, Ana!
Sua bandeja quase se espatifou mais consegui pegar a tempo e a devolver.
- Não me assuste mais assim Jeremy que coisa!
- Poderia roubar você hoje? Quer se sentar comigo?
- Claro adoraria!
Me sentei na mesma mesa ao fundo que sempre me sentei com Ash ou sozinho , e hoje eu estava sentado com o grande amor da minha vida, apenas como amigos claro, mais ainda assim era delicioso estar ao lado do centro do meu mundo.
- Nossa você se sentando comigo?? você está bem??
- Estou perfeitamente bem. - soltei um riso e continuei a fixar seus olhos
- É que você nunca se importou em se sentar sozinho e agora me convidou.
- Já estava na hora de convidar e achei legal ser você. mais por que você não gostou de convidar?
- Claro que gostei e você sabe disso.
Estava precindo comer alguma coisa, estava ficando meio maluco sem me alimentar. Precisava jantar. A nossa conversa foi agradável, como sempre e então o sinal tocou.
- Tenho que ir Jeremy, até amanhã então! - ela sorria com mais frequência.
- Boa aula para você Ana, até amanhã e por favor eu te peço, tome muito cuidado está bem? - ela me olhava assustada.
- Aconteceu alguma coisa?
- Acho que você soube no jornal sobre as mortes.
- É meu pai disse que o seu também ficou bastante impressionado com isso!
- Pois é, mais por favor tome cuidado está bem?
- Sim eu vou tomar, cuide-se você também! - ela sorriu e acenou para mim.
O restante da tarde foi o suficiente para morrer de saudades da minha vida, do meu pequeno mundo chamado Ana, eu tentava preencher as horas com tudo , mais nada mais atraia minha atenção ou se quer meu olhar. Nem ao menos andar com meu carro velozmente pelas estradas me dava o mesmo que Ana me proporcionava.
No Fim de minha aula depois de pensar , o que eu faria para ficar menos dependente de uma menina, cheguei a conclusão de que pertencia a ela ha gerações sem ao menos perceber isso. Apenas esperava, a vinda dela para os meus braços.
Saindo da escola, entrei em meu carro e procurei ir até a praia de Olympia. Fiquei sentado em cima do capô do carro e ali deixei as horas passarem com pensamentos fúteis.
Me lembrei da primeira vez que vim para Olympia, tinha acostumado com o clã de Brian em Boston mais meus pais precisavam sair do emprego para não denunciar o que seriamos, então tivemos que procurar outro condado para viver, então Washington foi escolhido.
O céu cinza era em um tom entristencido pálido e gelido, mais o frio era algo que jamais iria sentir em minha vida, quer dizer vida?
Eu ri de meus completos desvaneios estúpidos. Vozes saiam ecoando pela praia, isso atraiu minha atenção e me inclinei para ver, era um casal de namorados passeando pela grande praia deserta. Resolvi caminhar para deixar de ver aquela felicidade que jamais seria a minha .
Caminhando sobre a areia branca e molhada, eu tentei não pensar em Ana mais uma vez. Mais isso estava ficando cada vez menos fácil de se fazer. Caminhei na realidade por mais ou menos umas três horas, até que já havia me estrassado por ter ficado feito um doido vagando por ali.
Voltei ao meu carro, e fui para minha casa precisava me alimentar. Não havia ninguém em casa ainda e fui para a cozinha jantar. Depois de jantar fui para o meu quarto e lá fiquei vagando pela internet sem ao menos ter o que fazer, até checar meu e-mail.
O único e-mail que tinha recebi era de Brian , fiquei contente por aquele e-mail estar ali pronto para ser lindo e relido se fosse preciso para acabar com meu tédio.
Abri o e-mail e nele dizia:

Caro amigo,
Desculpe por esse atraso, estive ocupado com minha familia procurando comida.
Pois bem, sinto sua falta aqui ainda em Boston e claro era de se esperar que você odiasse ai.
Um amigo ? que bom e está lidando bem com pessoas diferentes?
E quem é essa garota?? pode ir me dizendo tudo sobre ela hein
Se cuida amigo , me manterei mais presente
Se cuide.

Tentei expor sobre Ana em meu e-mail sem ele sequer notar a real verdade dela.
Pensei e pesei o que ia falar e então escrevi:

Meu amigo Brian,
Não se preocupe atrasos ocorrem não se preocupe
Também sinto falta de Boston e de você caro amigo. É você acertou odiei mesmo.
Pois é esse garoto entrou e saiu rápido de minha vida, ele se mudou para outra cidade.
A garota é uma amiga também. Pois é faço o melhor para não machucar os humanos.
E você como está indo? me conte as novidades!
Se cuide você também.


Meu e-mail como sempre foi completamente vazio, falar de Ana com outros da minha espécie
era praticamente ruim demais, sem falar que seria uma grande catástrofe, os Senhores da Noite descobrirem sobre o que surgia aqui entre nós e uma humana.
Fui até minha janela e ali parei feito uma grande estátua de gelo, concentrado em olhar para a Lua que até agora fora a única a ficar tanto tempo sozinha assim como eu.
Me perguntava se algum dia iria ser como ela, sozinho para toda a minha eternidade.
A noite passou lentamente mais passou, não vi ninguém de minha família e nem estava confortável para ve-los portanto sai para a escola bem mais cedo que o normal saindo pela janela. Chegando a escola, estacionei meu carro e fui para a primeira aula do dia muito mais cedo que o habitual, entrei na sala de geografia que estava vazia, e lá comecei a escrever um pequeno rascunho de uma música em meu caderno. O Sinal tocou e os corredores começaram a se encher de alunos e professores.
Ouvi a habitual aula de geografia, artes, química, quando o sinal tocou para o intervalo do almoço. No pátio, tentei procurar por ela, mais ela não estava presenta na escola, então me concentrei na mente de Tristan. Concerteza ele sabia o que havia acontecido com ela, e para minha surpresa ela não tinha ido a aula por que estava com o pai em uma viagem para procurar sua mãe.
Isso era uma boa notícia, faria minha pequena Ana feliz, mais era egoísta a ponto de ficar infeliz com a viagem dela.
Meu celular tocou, e em um piscar de olhos já estava falando com meu pai ao telefone:
- O que foi papai? aconteceu alguma coisa de grave?
- Filho saia da escola de um jeito e vá para casa. Sua mãe precisa de você!
- Mais pai? o que está acontecendo?
- Ajude a sua mãe , vá logo filho! - se pudesse meu coração iria sair pela boca nessa hora.

- Tudo bem meu pai!
Desliguei o celular, e fingi estar com uma dor de cabeça para poder sair da escola sem problemas, voei em direção meu carro, dentro dele não consegui nem ao menos ligar a música.
Com uma velocidade acima de oitenta por hora, corri para minha casa, a trilha da floresta parecia apenas um borrão de cores na velocidade que estava.
Não estacionei o carro e o deixei ligado, abri a porta de casa e gritei por mim mãe:
- Mãe você está bem?? - estava livido de desespero
- Estou meu filho venha até a sala, você terá uma grande surpresa
Tive então mais uma chance de respirar e partir para a sala, quando cheguei lá a surpresa fez minha cabeça revirar.
- Então é você! - olhei incredúlo para a estranha figura em minha sala.
- Sim sou eu! - a bela voz disse para mim.

Um comentário: