2- Existência.
Aquela pequena tarde que passei ao lado de Ana, foi a sensação mais maravilhosa de minha existência.
Deitado em minha cama, eu podia ver seus pequenos traços, e seus gestos doces.
Sentia o doce aroma de seu perfume, e ficava completamente entorpecido com sua voz delicada.
Em minha mente, eu deixava rolar o pequeno filme de nosso encontro.
Eu a via em meu carro, olhando para mim sem jeito, enquanto dirigia a uma velocidade média para não tornas as coisas mais difíceis.
Seguimos até um pequeno café da cidade, sem ao menos nos olharmos. Estacionei meu caro no pequeno estacionamente abarrotado, e em seguida entramos para dentro do amontoado café.
O garçon nos deu uma pequena mesa de canto, e ao fundo novamente a doce música We Belong Together, tocava serenamente. - trinquei os dentes.-
- Aconteceu algo? - ela me olhava com receio.
- Ah, me desculpe, não é nada, é apenas essa música que me incomoda um pouco. - respirei aliviado.
- Eu a acho completamente linda. - ela desviou o olhar para o garçon.
Senti meu corpo estremecer, ela jamais iria saber que aquela música, seria a música que a fazia apenas minha, é claro em sonhos mais minha.
- O que irão pedir? - O garçon perguntou.
- Para mim, uma coca e você Ana? -sorri para ela.
- Para mim também, muito obrigada!
- Irão comer algo? - ele anotava o pedido
- Não obrigado, Ana?
- Também não!
- Logo trarei o pedido de vocês, fiquem a vontade!
- Muito obrigado! - voltei a olhar a musa de meus olhos negros.
Era um minuto constrangedor, olhar para ela sem dizer o que sentia, sem poder tocá-la e beijar seus pequenos labios perfeitos. Foi ela quem me tirou desse pequeno transe a qual entrei.
- E sua família como é? você é filho único? - sorri com sua pergunta, mas respondi sem exitar.
- São uma família comum, brigamos menos que o normal e somos unidos até demais, e não, não sou o único tenho uma irmã mais nova que se chama Melissa.
Ela estava entretida na conversa, e seus olhos colaram nos meus por apenas um instante, e então ela baixou novamente seu olhar. Com seu rosto corado, como eu amava ver ela.
Então voltei a falar:
- Mas não vim com você aqui para falar de mim, e sim para falar de você.- eu sorri e continuei. -O que aconteceu com sua família?
Ela congelou ao ouvir a pergunta, por uma fração de segundo, achei que ela fosse mudar o ruma da pequena conversa, mas então ela me encarou com um olhar triste e sibilou:
- Minha mãe nos abandonou por que nunca me quiz, ela não me quiz na realidade, mais meu pai a obrigou a me ter e agora ela disse que não queria mais viver com a gente e agora sumiu. - ela falou sem nenhuma interrupção.
Percebi que estava praticamente saindo da minha cadeira, eu queria ela em meus braços, fazer toda a sua dor passar em apenas um beijo, mas consegui me refrear e me concentrei a ficar completamente imóvel em minha cadeira. Então sem perceber as palavras saíram de minha boca:
- Não se sinta assim Ana, tem pessoas que gostam de você, e apenas tem que focar em sua felicidade a partir de hoje.
Meu coração sofreu um esmagamento, não tinha ár, eu precisava ir embora.
- Obrigada Jeremy! - ela sorria com os olhos marejados.
- Preciso ir embora!- Eu disse em um tom mais severo. - cuide-se Ana.
Paguei a conta e sai do pequeno café, completamente desnorteado.
- Vá embora e deixe ela em paz. -minha cabeça trabalhava rápido.
Peguei meu carro, acelerei o máximo que pude para voltar para casa.
Na cama, só consegui pensar que no final de tudo, eu tinha destruído o meu primeiro momento com Ana, e sabia que ela iria me odiar, ou até deixar de falar comigo. Dei um tapa de leve na testa.
- Como eu sou idiota.- bufei com ódio.
Me levantei rapidamente, e parti para a minha rotina noturna, que incluia o banho e meus dentes.
Sai de meu banho um pouco mais relaxado, e com uma voz aveludada disse do primeiro andar:
- Boa noite mãe, boa noite Mell, e digam boa noite ao papai por mim!
Li a mente das duas sem enrolar.
- Boa noite maninho. - Eu te amo!
- Boa Noite filho, e darei o recado a seu pai.- ela disse serenamente.
Fechei a porta de meu quarto, pensei duas vezes em checar meu e-mail, mais o sono me venceu primeiro, e acabei pegando no sono.
Dessa vez meu corpo relaxou, não tive sonho ou pesadelo, apenas um grande vazio. Quando abri meus olhos na manhã seguinte, me virei lentamente e percebi que tinha perdido a aula hoje, olhei pela minha janela, e o céu continuava no seu tom cinza melancólico, mais senti um alívio, a chuva tinha passado.
Me aproxime do computador e o liguei, deixei-o lá enquanto ia até o banheiro para escovar os dentes, quando voltei do banheiro chequei minha caixa de e-mails, e um deles me chamou completamente a atenção. O e-mail era de Brian, um velho amigo da família Storm, um pequeno clã que viviam em Boston , nossos irmãos de condição.
Cliquei e abri o e-mail e nele estava escrito:
Oi Jeremy! Como vai velho Amigo?
Com esta a vida em Olympia?
As coisas aqui em Boston andam calmas, não vimos mais forasteiros, a vida está um pé no saco.
Me responda logo sobre suas novidades.
E cheque seu e-mail regularmente, nem sei por que você tem isso
Ps: Não esqueci de você amigo, e por favor não se esqueça de mim.
Comecei a rir com o modo grosseiro, a qual ele era o único que conseguia tornar sua grosseria agradável.
Pensei por alguns segundos o que ia escrever, achei interessante em falar com ele sobre Ana, mais já sabia o que ele me diria. - trinquei os dentes de puro ódio.
Então comecei a digitar.
Olá meu Amigo Brian, eu estou otimo meu velho amigo e você?
Bom aqui em Olympia, somos o único clã portanto é realmente tedioso e insuportável.
Minha casa fica em uma floresta acredita? tem até um rio
A escola é até legal tem um menino legal o qual fiz amizade, e tem uma garota....
Prometo lhe escrever mais e checar mais meu e-mail.
Se cuide velho amigo.
Jamais esquecerei de você.
Enviei o e-mail e em seguida, desliguei o computador e abri minha janela , da sacada fitei as árvores e suas copas. Pulei da sacada, e pousei delicadamente na terra e disparei por entre as árvores.
A sensação de sentir a liberdade, o vento deslizando pelo meu rosto, a terra se moldando aos meus pés jamais teria preço.
Percorri quatro quilômetros pensando ser quatro passos, me deparei com o grande rio que se achava cortando o fundo de minha casa. Me agachei lentamente e vi meu lindo reflexo na agua mora de agosto, e logo aquele rosto de semi deusa invadiu meu cérebro, a sensação de entorpecimento me pegou.
Eu a desejava mais que tudo, eu a queria, necessitava ver seu rosto pra minha vida fazer algum sentido. Sabia que era o caminho errado a seguir, mais só pensava nela.
Então meu corpo estremeceu, meus olhos sairam de orbita, uma grande carga elétrica percorreu todo meu sistema nervoso.
Eu já conhecia essa sensação, percebi que lentamente meu corpo ia relaxando, e um novo poder era me apresentado, o poder de percepção.
Estava louco para testar, uma excitação que mesmo assim não apagou Ana de meus pensamentos.
Comecei a correr sem rumo para o interior da floresta, até que algo me fez pular e me esquivar de um breve ataque. Quando voltei a olhar vi o grande urso marron que estava prestes a me atacar. Meu dom era realmente impressionante, fiquei satisfeito comigo mesmo e voltei em segundos para casa.
O dia passou indistintamente, e apenas esperei ele passar em meu quarto, quando a noite começava a cair pela janela de meu grande quarto, a vista era realmente impressionante, e logo imaginei Ana em meus braços vendo o belo pôr do sol.
Chacoalhei a cabeça e ouvir minha mãe me chamar para o jantar.
No jantar contei sobre meu mais novo poder. Melissa estava anciosa para testar, e sem que eu percebesse ela me lançou uma faca, foi até facil perceber o ataque e meu corpo deliberadamente se esquivou, flutuando para trás e caindo em pé como um belo acrobata.
- Não faça mais isso Melissa.- rosnei irrita por baixo de meus dentes cerrados.
- Me desculpe irmãozão. - ela disse envergonhada. - Eu só queria saber como era seu poder.
- Tudo bem, mais não faça mais isso novamente.
- O.k eu não faço mais.
- É um belo talento meu filho. - comentou meu pai satisfeito.
- Concordo com você Jonatan. - minha mãe sorria.
- É eu também gostei muito desse novo talento. - falei entusiasmado.
Naquela noite eu fui me deitar mais cedo do que o habitual, ficar testando a nova habilidade não foi uma tarefa muito fácil, então deitei em minha cama exausto e consegui dormir com exito sem pensar em mais nada.
Acordei no outro dia bem cedo, ouvia o carro de meu pai sair da garagem, então notei que já estava sozinho em casa. Me levantei habitualmente e fui ao banheiro, foi ai que o pensamento me ocorreu de que precisa voltar a escola, com minha agilidade estava na garagem para pegar meu carro.
Entrei em meu carro e coloquei um dos cds que havia ganhado de aniversário, acho que era uma banda inglesa, sai de casa escutando o som e cheguei a escola faltando um minuto para dar o sinal. Quando cheguei a porta da sala de aula de física, vi que Ash me esperava com um certo desespero em sua carteira. Então resolvi bisbiolhotar mais uma vez sua cabeça.
- Será que ele sabe que eu irei embora?? ele ficará chateado??
Foi então que senti uma ponta de tristeza em meu peito, não pelo fato de saber disso agora, mais sim de que perderia a pessoa com quem eu me distraía.
Me sentei perto da carteira e ele despejou:
- Jeremy, meus pais vão mudar de cidade irei viver em Seattle. - ele esperou ancioso pela minha resposta. Eu ao contrario do que sentia demonstrei surpresa.
- Você esta brincando né Ash? - fazendo minha voz ficar convicente a minha face.
- Não meu amigo, irei embora na segunda feira, mais terei o final de semana livre. Você gostaria de ir em casa? - ancioso pela resposta vi uma pequena gota de suor brotar em sua testa.
- Claro adoraria. - respondi monotonamente. Na maioria das vezes os pais de meus amigos morriam de medo da minha aparência.
- Nossa que bom. Assim poderei levar meu único amigo daqui para meus pais conhecerem. Eles acham que não tenho amigos e que estou inventando você. - respondeu ele com um toque de tristeza em sua voz.
- Não se preocupe Ash, irei em sua casa e sua familía verá que tem um amigo.
Ele sorriu e encerramos o assunto por hora. O tempo parecia correr hoje já que saia da outra aula para o refeitório, mais desisti de ir lá quando Ash tinha me dito que Ana estaria por lá.
Fui para o estacionamento e entrei em meu carro, quando percebi que Ash tinha me enganado, a mulher que eu amava estava em seu carro, um pequeno Sentra na cor preta, como diria Melissa esse sim não chamaria atenção.
Ela estava entretida em um pequeno livro, era Romeu e Julieta, mais uma vez tentei ler sua mente e minha bela capacidade não a atingia, ao que parece apenas dava a impressão que ela reprimia com tanta violência seus pensamento que era esse o motivo de eu estar temporariamente indisponível para a mente dela.
Fiquei a olhar aquela doce menina , meu coração ao mesmo tempo que acelerava parecia que queria se comprimir até sumir, minha tempôra só tinha ela armazenada, era tudo que meus olhos podiam querer.
A realidade de fato era que eu e ela éramos de mundos completamentes diferentes, ela era uma humana, singular é claro por que era única para mim, mais era uma humana, já a mim era um monstro mitológico prestes a perder meu controle e se deliciar com os prazeres humanos.
O Sinal tocou e ela partiu de minha visão, preferi ficar no carro ouvindo minhas músicas, eu já estava sem saco para ficar assistindo as aulas repetitivas e monotonas.
Horas mais tarde o sinal tocou e antes que o estacionamento se enchesse de alunos, eu arranquei com minha ferrari de lá direto para casa. Queria poder sumir , que um buraco negro me engolisse mais a única coisa que me engoliu foi uma saudade arrebatadora, que só crescia cada segundo que eu ficava sem seus olhos nos meus, aqueles olhos o reflexo do meu pequeno mundo.
Ao anoitecer o barulho do carro patrulha de meu pai ecoou pelas pedras da garagem, o estranho de tudo era que escutei apenas um som de passos e não de três pessoas.
Quando olhei para a porta meu pai estava nela.
- Filho, sua mãe eu e sua irmã iremos viajar para resolver uns problemas da delegacia, quer vir conosco?
- Ah pai fica para um outro dia, prometi ao Ash que esse final de semana iria à casa dele.
- Bom esta certo, mais tome cuidado filho! - sua voz autoritária falhou.
- Sim pai, pode deixar sei cuidar de mim e de meus poderes!
- Vocês voltam quando? - olhava para ele sem vontade nenhuma.
- Hum... pretendemos voltar no domingo a noite.
- Esta bem pai! Boa viagem e se cuidem por favor.
- Pode deixar filho, temos sua mãe não se esqueça que somos mais velhos que você neste mundo.
- É eu sei pai, mais nada como estar precavido. - suspirei
- Até domingo a noite.
- Até filho. - ele encostou a porta e segundos depois o barulho do carro era o único som que se ouvia, em toda a floresta silenciosa. Me levantei da cama é fui a floresta escura, tentar não pensar na única coisa que conseguia me tirar o sono. Isso foi um grande erro, parece que quanto mais sozinho, mais eu pensava naquela menina frágil.
Voltei para minha casa com a intenção de dormir, já que no outro dia cedo iria a casa de Ash, resolvi ligar para ele e marcar um horario para não ser um intruso.
O telefone nem bem deu três toques, quando a voz suave que eu conhecia falou.
- Pronto?
- Ash? tudo bem com você?
- Ah Oi Big J! você sumiu da escola onde estava? - sua voz curiosa não me enganou.
- Eu apenas precisei respirar um pouco nada demais. A que horas posso aparecer ai amanhã?
- Pode vir as dez por favor , não quero que acorde tão cedo em um sabádo.
- Não tem problema Ash, estarei ai as dez!
- Tudo bem então até amanha Big J!
- Até Amanhã Ash!- o telefone ficou mudo.
- Até Amanhã Ash!- o telefone ficou mudo.
Me arrastei lentamente para o banheiro, e fiz tudo o que tinha de fazer,então corri para a cama e deitei, estava um pouco gelado o que me deixou inquieto em minha cama, mais depois de acostumar com a temperatura eu embalei em um sono profundo.
Mais uma vez aqueles olhos cor de mel penetrantes, entraram em meu refugio de sonhos, eu a via tão nitída em meu sonho como se a visse em minha frente, seus braços em volta de meu pescoço afagando minha nuca, seu rosto corado ao me olhar nos olhos, tudo isso fazia de meu sonho um terrível pesadelo, acordei assustado com esse novo sonho com Ana, estava ficando cada vez mais dificil controlar minha vontade de te-lá.
Eu era egoista a ponto de fazer ela ficar comigo mesmo não querendo.
Tentei me concentrar novamente, e me coloquei a dormir de novo, ainda bem desta vez sem sonhos.
Os raios do sol que entravam pela minha janela, fizeram minhas pálpebras recuarem diante da luz, e então me espreguicei abrindo os olhos, era muito cedo ainda podia tomar um banho , tomar um café e ainda teria tempo de sobra para poder ir a casa de Ash.
Me levantei e corri ao banheiro, tomei meu banho quente , poxa como eu adorava tomar banho, se pudesse passava horas tomando banho, me vesti e fui ao meu quarto arrumar minhas coisas.
Era fácil arrumar um quarto, quando se tinha uma velocidade sobre-humana e uma força gigantesca, o grande quarto em que me refugiava estava limpo, desci as escadas em um átimo e comecei a preparar meu café.
O café como sempre foi uma pequena maça e um litro inteiro de leite bebido na caixinha mesmo, com o cabelo arrumado, sai para a garagem para pegar meu carro, entrei em meu carro e dessa vez eu tinha levado um cd em meu bolso e o coloquei, Strauss tinha lá seu charme, fui ouvindo a doce melodia rumo a casa de Ash, faltando apenas cinco minutos me postei a frente da casa de Ash.
Ele já me esperava na porta da casa, e estava com um sorriso grande em seu rosto.
- Oi Big J, seja bem vindo a minha casa!- ele sorria
- Oi Bom dia Ash, nossa sua casa é realmente linda, obrigado por me convidar.
- Ah Big J, não seja louco cara ter você em minha casa é uma honra.
- E então, vamos conhecer a sua família?
- Err, me desculpe vamos entre, mais não repare a casa é humilde.
A pequena casa de Ash era uma casa simples com dois andares, o térreo e o andar acima, por fora dava a impressão de ser uma casa de boneca de tão pequena que era.
Por dentro o chão era de um marron intenso e suas paredes tinham uma linda cor verde, os móveis davam a impressão de estarem em constante troca.
Ash tinha dois cachorros, um belo Pastor Alemão cujo nome era Spike, e uma linda labradora com o nome de jack.
Ash me fez passar por um pequeno corredor que dava a pequena cozinha onde sua mãe já mexia com o almoço para nós.
- Mamãe, esse é o amigo de que te falei Jeremy Ion. - ele sorria orgulhoso.
Ela se virou para me olhar e até me assustei, a mãe de Ash tinha praticamente todas as suas feições, tinha os mesmos cabelos escuros e os traços de seu rosto eram iguais aos do filho
- Olá Bom dia, Seja bem vindo. - ele deu um belo sorriso, sua voz era a de uma mulher que tinha uma autoridade tremenda.
- Bom dia Sra Craig, muito obrigado é um prazer conhecer a senhora.- dei um de meus famosos sorrisos. Ao que parece funcionou direitinho pois seus labios se retrairam e ela abriu um largo sorriso.
- Que bom que é amigo do meu Ash. Ele quase nem tem amigos.
- Seu filho é um otimo amigo diga-se de passagem.
Ash abriu um largo sorriso e corou
- Ah cara para de ficar me adulando. - todos nós rimos.
Deixamos a Sra Craig trabalhar em paz e ficamos no pequeno jardim colocando a conversa em dia de tudo o que tinha ocorrido na escola, até sobre Gabriella a quem tinha rejeitado, estava namorando o novo capitão de futebol da escola, que belo casal, me peguei rindo.
A hora do almoço foi tranquila, e acabei conhecendo o Sr Craig, um homem de expressão forte, não era tão atraente como a mãe de Ash. Seu rosto em forma de pão mudava de cor a cada segundo que conversava comigo.
Ao final do almoço o Sr Craig tinha sufocado com a torta de maça da sobremesa, por me ter ouvido dizer que adorava música clássica e odiava essas musicas de modinha americana.
Pela tarde Ash e eu demos uma volta na vizinhança com seus cachorros, a parte mais engraça foi ver Ash lutar para conseguir deixar os dois em suas respectivas coleiras, mais ao mesmo tempo o rosto de Ana vinha em minha mente a cada instante, era inevitável pensar nela , ainda mais com seu rosto estampado em meu cérebro.
No crepuscúlo, me despedi da familia de Ash e voltei para minha casa, dessa vez voltei em um ritmo desacelerado, não estava com pressa de voltar em casa e me pegar pensando em Ana novamente, isso começou a me deixar completamente irritadiço.
Estacionei meu carro na garagem, e fiquei fazendo hora na sala da teve, assistindo um seriado fuleiro que passava no canal tnt, o seriado me fez ter um pouco de sono. Então me coloquei a subir a escada e a deitar em minha cama de roupa e tudo, ao cair na cama já estava semi inconsciente, e apesar de estar pensando em Ana todo o tempo, ficar ao lado de Ash me fez perder um pouco da carência que sentia de minha amada, mesmo ela não sabendo que eu a desejava mais que minha própria vida.
O sono foi completamente despejado sobre mim, eu me sentia exausto para tirar as roupas, me esforcei ao máximo para poder tirar minha calça e camiseta e colocar meu pijama e foi a única coisa que consegui fazer.
Fora uma tarde impressionantemente boa , mais ainda assim estava sem minha existência, a minha Ana, e então meus olhos se fecharam para o inconsciente.